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✦  D R A G Ã O  |  1 0 2 5  A N O S  | B I S S E X U A L  ✦

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✦  Interagindo: Kai  ✦  Localização: Gruta do Destruidor  ✦

Quando seu “agradável” dia começou, Alduin não planejava ter que lidar com um invasor, especificamente, um invasor atrevido o suficiente para o flagrar em um momento intimo e vulnerável como aquele. As férias da academia sempre lhe transmitiam uma sensação única de paz e tranquilidade, não precisava se preocupar com jovens tolos e inconsequentes querendo se meter em qualquer buraco misterioso por aí, parece que seu doce descanso havia chegado ao fim, aquele rapaz era como um farol dizendo com todas as letras “Se prepare Alduin, isso só está começando”. O dragão sabia bem que deveria estar furioso e com toda razão, um ser mortal sem o mínimo de modos simplesmente entrando em sua casa e o assistindo tomar banho? Merecia uma punição severa.
Mesmo assim, não conseguia sentir essa raiva borbulhar em sua barriga, pelo contrário, quando trocaram os olhares e se encontraram ambos paralisados, por meio segundo o homem devolveu o olhar de encanto ... O que tinha sido aquilo? Parecia que uma muda de interesse tinha sido plantada em seu interior, uma sensação de curiosidade que o mesmo não sentia a muito tempo –––  ...  ––– pressionou seus lábios em frustração, pelo menos conseguia ver que o olhar dele não buscava uma espiadinha mais indelicada, mesmo assim, sua nudez o trazia um pressentimento de vulnerabilidade.
Mesmo com seu interrogatório o rapaz não parecia transmitir nenhuma intenção secreta de ganancia ou pior. Internamente o agradeceu pela decência de cobrir os olhos quando Alduin saiu do lago –––  Nenhuma?  ––– Ergueu uma sobrancelha desconfiado enquanto procurava algo para se cobrir –––  Calouros huh?  ––– Continuou a escutar a criança ao avistar um roupão branco, o tecido era leve e curto, mas iria servir para cobrir sua intimidade, por estar molhada, a roupa ficava um pouco transparente mas não era nada para se preocupar, sua temperatura corporal daria conta de secar toda aquela água em alguns minutos.
–––  Desafiados ... Tsc, não é a primeira vez que isso acontece  ––– Resmungou cruzando os braços –––  Mas é a primeira vez que eu vejo uma criança se arriscando no lugar dos seus pupilos  ––– Alduin sorriu brevemente, contente com a novidade –––  Mesmo que você não acreditasse nas histórias, aqui ainda é uma floresta mágica ... Não sei se devo lhe achar tolo ou corajoso  ––– Riu das próprias palavras, aquele jovem mago lhe estava parecendo ainda mais interessante do que esperava.
O viu finalmente abrir um espaço entre os dedos que tampava os olhos coloridos dele –––  Guardião da caverna é?  ––– O dragão inclinou sua cabeça para o lado, intrigado com a curiosidade genuína dele, normalmente era recebido com gritos ou charlatões tentando obter um amontoado de seus tesouros –––  Se está tão curioso assim, porque não se aproxima?  ––– Direcionou seu olhar para ponte de pedra que ligava a entrada da caverna e a “ilha” onde Alduin morava –––  Você me deixou curioso pequeno mago, vou responder suas perguntas  –––

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✦  D R A G Ã O  |  1 0 2 5  A N O S  | B I S S E X U A L  ✦

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✦  Interagindo: Kai  ✦  Localização: Gruta do Destruidor  ✦

Ao conhecer alguém com a mesma idade de Alduin, era de se esperar que o número de experiencias vividas seriam ilimitadas, afinal, um ser milenar assim, já teria visto e feito de tudo, porém, no caso do dragão moreno, suas interações com magos, humanos ou o meio social em si era limitadas, tinha apenas alguns conhecidos próximos com quem se dava o trabalho de procurar e conversar, o resto e os estudantes, seus encontros normalmente acabavam com Alduin arrastando-os pela orelha até um supervisor da escola em Arcanis. Mas agora, estava diante de uma criança que despertou sua curiosidade, e já que o sentimento parecia ser mutuo, não iria desperdiçar a chance que lhe foi dada.
“Ultimo ano?” Apertou os olhos com a declaração, então aquele mago de cabelos coloridos já havia estudado ali durante anos, curioso ... Questionou o sentimento de decepção que cresceu em seu peito, estaria Alduin decepcionado por não terem se encontrado antes? Ou a insatisfação vinha do fato de que o estranho não ficaria por muito mais tempo? –––  Um tolo corajoso...  ––– Sorriu colocando a lateral do indicador sobre os lábios, admirando silenciosamente a dedicação do outro –––  O destino é algo curioso, talvez ele quisesse que você me encontrasse assim que amadurecesse o suficiente para me impressionar  –––
Aproveitou o assento próximo e se sentou, cruzando suas longas pernas, sua pele brilhava com a água do lago, como se o próprio dragão fizesse parte do tesouro ao seu redor. Seus olhos dourados seguiam o mago enquanto o mesmo caminhava pela ponte de pedra, havia uma certa intensidade nele, que intrigava algo bem no fundo de Alduin, uma sensação de interesse talvez? –––  Nervoso?  ––– Perguntou observando a forma como ele olhava para si, parecia que um milhão de coisas estavam passando pela cabeça do rapaz, era uma explicação plausível, afinal, estava diante de uma “lenda” como o mesmo se referiu anteriormente –––  Sente-se por favor  ––– Indicou a poltrona em frente a que estava sentado –––  Não fique tão formal, não irei devorar você  ––– Brincou balançando sua cauda levemente contra o chão.
–––  Todas as lendas possuem um pouco de verdade nelas, não os culpo por acreditar nelas  ––– Alduin jamais iria renegar a curiosidade e o interesse no saber, essas eram as coisas que mais lhe fascinavam na vida –––  Lindo?  ––– O súbito elogio o pegou desprevenido, o moreno sorriu ao ruborizar levemente com as palavras, estava acostumado a ser chamado de muitas coisas, mas lindo? Isso era uma novidade –––  Quando o vi entrar aqui não esperava alguém tão curioso e cortês assim  ––– Parecia que o mago sequer tinha processado o que havia escapado de seus lábios, o dragão já passou por situações onde causava um efeito forte nos outros, mas isso geralmente se resumia a pânico e medo, não esse ... fascínio que o rapaz parecia transmitir.
–––  Kai ...  ––– Repetiu o nome do outro, apenas para fixar em sua memoria antes de sorrir para ele, segurando com ambas as mãos, a que lhe foi estendida –––  Eu sou Alduin  ––– Encarou os olhos dele em silencio por alguns instantes em silencio, sentindo a pele dele contra a sua, o dragão podia sentir os batimentos dele naquele toque, parecia mais acelerado do que o normal para magos comuns, estava nervoso? –––  Ah  ––– Percebeu o silencio que havia se instalado e soltou a mão de Kai –––  Acho que deveria esclarecer algo primeiro, eu não sou guardião nenhum, eu apenas moro aqui  ––– Explicou olhando ao redor da gruta –––  Sei que deve parecer um pouco diferente mas é confortável para mim  ––– Balança a cabeça positivamente, Alduin gostava de sua casa, era bonita, grande o suficiente e lhe fornecia ótima proteção dos fenômenos da grande mãe natureza –––   E para explicar as histórias, preciso colocar um pouco de medo nos estudantes afinal ... Posso ser espionado em meus momentos de intimidade, não concorda?  ––– O provocou levemente, apertando o olhar com um sorriso na boca.

† Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Pilanya | Look: X †


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Endrich futricava sua bolsa atravessada no corpo em busca dos fones de ouvido, não tinha a menor vontade de lidar com o som da conversinha dos magos e os urros de criaturas atacadas que vinha com o primeiro dia de aulas. Devia ter pegado o fone antes de chegar, agora não o encontrava de jeito nenhum. Ele fazia barulhos baixos de irritação, futricando uma bolsa e outra quando de repente sentiu algo pegá-lo por trás. Como se fosse uma fala muito distante, sua mente processou que alguém havia dito algo, mas sua reação imediata foi puxar o braço com força pra frente e acertar a “coisa” com o cotovelo, desvencilhando-se e girando rapidamente para ver o que lhe ataca, uma mão na bolsa onde a adaga se encontrava.
“Ah, é você”, disse. Se por um lado a presença do Geogugwi era um alívio no sentido de poder largar a adaga, por outro era um tipo completamente diferente de “perigo” que Pilanya representava.
“Não”, respondeu sem muito interesse no que o outro tinha a dizer.
Continuou a futricar a bolsa, agora em busca da chave do quarto que ambos compartilhavam. Mal chegara e já tinha vontade de descansar. “Vou para o quarto arrumar as coisas”, disse, querendo escapar do outro, “e você vai dar uma volta pra rever a cidade. Até mais.”, disse, já virando as costas, porém uma figura azulada familiar vindo em sua direção o fez parar. Seu cenho se franziu com um misto de preocupação e incerteza, e Endrich apertou a alça da bolsa com mais força que o necessário.
Lembrava-se do que aconteceu da última vez, quando tentou ter uma conversa com o capetinha, - seu nome era tão complicado que Endrich não conseguia lembrar mesmo se esforçando. Se dissesse que a maciez dos pelos contra sua pele e a pequenez do outros em seus braços não o fazia se sentir de alguma maneira estaria mentindo, mas ainda assim… - ele olhou de canto de olho para o fantasma loiro ao seu lado - não era difícil encontrar esse tipo de coisa, e não significava nada.
Endrich largou a alça da bolsa e deixou o braço relaxar, “Vou indo”, disse, dessa vez virando-se na direção do prédio.


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✦  D R A G Ã O  |  1 0 2 5  A N O S  | B I S S E X U A L  ✦

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✦  Interagindo: Kai  ✦  Localização: Gruta do Destruidor  ✦

Alduin era um dragão milenar, com mais de mil anos de experiencia nas costas, mesmo assim, o tempo que passou convivendo com humanos, não chega nem perto de alcançar o tempo que passou lutando contra eles, queimando suas casas e conquistando seus territórios pelo comando de seu mago. Por esse motivo, seu conhecimento relacionado a cultura, a socialização humana, era escasso para dizer o mínimo. Apenas quando conseguiu se livrar das ordens daquele homem, que o dragão pode ter liberdade para fazer as próprias escolhas.
E elas aparentemente o levaram a conhecer esse jovem mago, Kai, com uma postura ainda mais alienígena para Alduin, diferente de todos os outros estudantes que passaram pela gruta, procurando ouro e riquezas ou apenas um teste de coragem idiota para se provarem para outros tão idiotas quanto. Mas agora, se encontrava diante de uma criança que não buscava nenhuma das duas alternativas, buscando apenas uma resposta para seus calouros –––  Quem poderia adivinhar  ––– O moreno brincou tombando o rosto sutilmente na direção do rapaz –––  O destino parece continuar a me surpreender  ––– Continuou sua frase enquanto seguia os passos de Kai até o centro da gruta com o olhar, douro e brilhante, intensos o suficiente para hipnotizar qualquer um que os encarasse despreparados.
–––  Não precisa se preocupar Kai  ––– Alduin se inclina na direção dele ainda sentado –––  Eu não devoro humanos a muito tempo  ––– Sorriu de maneira maliciosa, brincando um pouco com o rapaz. A verdade é que quando estava sob o comando daquele mago, Alduin devorou humanos nos tempos de guerra, se sentia envergonhado em lembrar do fato, não era um animal irracional e odiava ter que se comportar como um. E novamente a palavra “lindo” era usada para se referir ao dragão, Alduin tinha que admitir que não estava acostumado a ser alvo de gracejos e elogios tão constantes – Claro que já havia sido admirado por muitos a anos atrás, mas era diferente – E agora diante de uma criança que parecia ter um jeito com as palavras, o moreno esperava que seu rubor não fosse tão aparente, quantos anos ele tinha? Já não era mais jovem para ficar vermelho apenas com alguns cortejos –––  É uma criança atrevida Kai   ––– Murmurou baixinho, um pouco tímido diante de uma postura na qual não estava nem um pouco preparado para lidar.
A sensação da mãe dele contra a sua era ... estranhamente reconfortante, conseguia sentir o quão acelerado estava o coração do rapaz, “Porque está tão rápido?” se questionou, sem ao menos perceber que o seu estavam pulando no mesmo ritmo. Foi então que Kai se abaixou e beijou a pele delicada da mão de Alduin, que em resposta, imediatamente corou, balançando sua cauda uma única vez –––  Eu não sou uma dama  ––– Resmungou sem graça, virando o rosto em uma tentativa falha de esconder o vermelho das bochechas, francamente, aquele mago era realmente muito audacioso.
Balançou a cabeça positivamente com o pedido de desculpas dele, soava sincero e pela interação que teve, Kai não parecia ser um pervertido –––  Está perdoado  ––– Confirmou assumindo uma postura reta e nobre –––  Pelo menos quem me viu foi você e não um pervertido desprezável  ––– Continuou contente, Kai apesar do vocabulário um pouco intenso, lhe parecia um bom garoto.
–––  Oh  ––– Alduin tinha uma breve ideia de que o rapaz estava curioso sobre sua natureza, era de se esperar quando dragões estavam cada mais diminuindo em números. Assentiu com a cabeça, o tranquilizando de que não havia nada de errado na pergunta de Kai. Se levantou de sua cadeira e andou lentamente até ficar diante do mago, dando um pequeno giro, mostrando toda a extensão de seu corpo para ele –––  Eu sou um dragão, meu caro mago  ––– Alduin fez uma pequena mas elegante reverência para o menino, estampando um sorriso orgulho nos lábios –––  E você? Kai  ––– Continuou de pé ao fazer a pergunta –––  Você cheira a mago mas ...  ––– Inclina-se sobre ele, aproximando seu nariz do rosto do rapaz –––  Não consigo identificar de qual tipo  ––– Responde pensativo.

❧ Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Ninguém + Skate + Aspen | Look: X ❦



Rosário havia acordado bem cedo para terminar os últimos preparativos de sua viagem até Arcanis. Já tinha mandado algumas caixas de tecidos posteriormente, mas ainda tinha uma quantidade considerável de bagagem: sua máquina de costura, uma mala com tecidos frágeis que ele não arriscaria enviar numa caixa, três malas de roupas a pronta entrega para venda, cinco malas com suas próprias coisas e uma imensa caixa com quilos de frango congelado.
Oras, mas é claro que Skate desapareceria bem na hora que precisava de ajuda para carregar toda aquela tralha. E não só ele, a vasta maioria dos moradores da casa de catorze habitantes tinham convenientemente sumido. Rós podia sentir um total de três pares de olhos na casa, duas meninas às quais se recusariam a lidar com as malas e, para sua sorte, a única pessoa que aceitaria lhe ajudar sem reclamar também estava por ali.
Rós entrou sem bater no quarto da piscininha, onde Jon passava a maior parte de seu tempo com a bunda metafórica no sol. Era um enorme constrictor marrom de mais de 2 metros que o que tinha de tamanho também tinha de moleza, mas não fugia de ajudar como os outros.
O garoto se aproximou da piscininha. Jon já sabia o que ele tinha em mente graças à conexão mental que tinham, e foi só Rós sentar-se na borda da fonte para que ele se enroscar em seu corpo, permitindo que Rosário o erguesse sem dificuldade.

Pra que tanta coisa?, foi o que ouviu em sua mente assim que pisou no quarto carregando o anaconda. “Eu vou ficar quase um ano por lá, não um dia”, sibilou Rós. Podia ouvir o julgamento sem palavras do outro, que não estava errado em pensar que Rós provavelmente levaria a mesma quantidade de tralhas mesmo que fosse só um dia. Mas alguém pode levar depois… “E você vê alguém aqui se voluntariando?”.

Tinha sido uma longa manhã indo e voltando de Arcanis até que tudo estivesse nos aposentos de Rós.
Enquanto ele tomava banho e vestia uma camisa vermelha com detalhes dourados e sua típica calça de couro macio, os outros que atravessariam o portal chegaram um a um, até que só Skate faltava. De súbito, Rós ergueu Reimond do sofá pelo pescoço, apertando um pouco mais do que o necessário e encarando bom nos olhos para passar a mensagem, “Eu não vou vir salvar sua bunda da máfia de novo, capiche?”. A cobra rei sibilou violentamente em resposta. Após mais alguns avisos, e um gesto de “tô de olho”, Rosário finalmente saiu de casa, carregando consigo Marie e mais algumas das cobras.
Estava a um passou do portal quando Skate apareceu do nada e enrolou-se na sua perna direita. “Certo, lá vamos nós.”
As cobras desembarcaram de Rós e foram fazer seu próprio serviço assim que chegaram na cidade, apenas Skate ficou, sua cabeça aparecendo pelo decote de camisa de Rós enquanto o resto se escondia dentro das roupas do garoto.

Rosário andou calmamente do portal até a escola, observando o fluxo de alunos com suas escolhas de roupas, algumas melhores que as outras. Já no instituto, seus olhos pararam em um trio de figuras peculiares que olhavam para cima com cara de paisagem. Curioso, Rós olhou para a direção que observavam. Podia ver algo se mexendo ao longe, mas não conseguia identificar o que era. “Um abelhão?”, perguntou para ninguém específico. Acho que tá mais pra dinossauro, respondeu Skate. “Bebê dragão!”, disseram os dois ao mesmo tempo.

Sem pensar nem por um segundo, Rosário correu na direção do prédio do instituto e saltou na parede. Segurando-se nos vãos minúsculos entre as pedras, ele escalou a parede como um possuído pelo capeta de filme de terror. Em poucos minutos já estava mais alto que o bebê voava, se segurando numa elevação na torre direita do prédio. “Taí uma coisa que nunca achei que ia fazer”.
Segurando-se só com as mãos, ele impulsionou o corpo com os pés para frente, lançando-se da parede e pegando o bebê dragão com uma cambalhota em pleno ar. Ele se deixou cair por um momento, sentindo a brisa agradável no seu rosto, e o pânico da cobra que tentava sair de dentro de sua camisa. Em seus braços o bebê se debatia tentando escapar.
Sentiu Skate cair de sua roupa apenas um segundo antes de as palavras deixarem sua boca com a maior calma do mundo, “Desabrochar”. Um muro gigantesco de rosas, metade do tamanho do prédio de Arcanis, se ergueu no meio do pátio vindo de lugar nenhum. Rós abriu os olhos e ergueu um braço, pendurando-se nas vinhas da roseira. Skate já estava no chão, em sua forma humana, observando a peripécia assim como uns tantos outros não-passantes que tinham sido interrompidos de passar pelo muro de Rós.
O garoto se soltou da vinha, deixando-se cair os bons 10 metros que restavam até o chão. Suas pernas contraíram para que ele pousasse no chão agachado, mas logo se levantou, olhando na direção da cobra. “Isso era realmente necessário?”, perguntou o ofídio. “Parkour”, respondeu Rós erguendo as sobrancelhas uma vez sugestivamente. Não precisava realmente falar para que Skate entendesse a referência a seu esporte preferido. “Isso não é parkour, nem um pouco”.

♦ Local: Entrada de Arcanis Viritia | Com: Asahi | Look: X ♦


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Ula encarou o rapaz com curiosidade, seu cabelo era de uma cor completamente desconhecida para o ilusionista. Sua atenção logo foi atraída do cabelo do rapaz para o que ele falava, encarando seus lábios para entender bem as palavras.
Estava prestes a gesticular em resposta, um triângulo sobre sua cabeça, em esperança de que isso parecesse com a orelha de Willow, quando seus olhos foram atraídos para uma garrafinha colorida e brilhante no banco ao lado do garoto. Imediatamente, Ula pegou a garrafa e começou a agitá-la diante de si mesmo e do loiro, sentando-se automaticamente ao lado dele de uma maneira rígida e estranha, com cuidado de não tocá-lo, enquanto olhava maravilhado para o líquido colorido que em tanto lembrava suas próprias estrelas.
Ainda com a garrafa na mão ele ergueu os braços e agitou-os, enquanto sua boca se abria num “oooh” mudo. Com o agitar de seus braços, brilhos, estrelas e serpentinas saltitam pelo ar como se atiradas por um lança confetes.



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